sábado, 9 de agosto de 2008

Música


Sozinho - Peninha


Às vezes, no silêncio da noite

Eu fico imaginando nós dois

Eu fico ali sonhando acordado, juntando

O antes, o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto?

Por que você não cola em mim?

Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono

É que um carinho às vezes cai bem

Eu tenho meus desejos e planos secretos

Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some?

E se eu me interessar por alguém?

E se ele, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida

Fala que me ama, só que é da boca pra fora

Ou você me engana ou não está madura

Onde está você agora?
Anna Jailma

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Entediada!


Estou entediada pela minha instabilidade profissional. Estou chateada com minhas escolhas...Não tenho idade nem vontade de continuar nesta gangorra, com trabalhos instáveis, sem carteira assinada, sem receber o piso salarial que é determinado por lei, sem ter os mínimos direitos como vale-transporte e vale-alimentação, trabalhando além da conta e ganhando cada vez menos ou simplesmente com salário atrasado...
Sinto como se jornalismo fosse uma utopia ou simplesmente uma "profissão de rico" porque no interior você não tem direito algum e nas capitais ou grandes centros urbanos você precisa falar uma ou duas línguas a mais, precisa ter curso disso e daquilo, precisa vestir-se bemmmmmm... de preferência com "blazer" na maioria das ocasiões ou ninguém te considera jornalista...rsrsrs só rindo, para descontrair.
Estou estacionada. Se eu pudesse dava "ré" e preenchia aquele formulário do vestibular com outro curso.De alegria vinda deste curso, só me resta as amizades da época da faculdade. E o pior, é que não sou a única nesta situação...algumas pessoas da minha turma nunca nem trabalharam na área. Mas, bola pra frente...vou dormir embalada pela música de Biquini Cavadão:


Tédio


Sabe esses dias em que horas dizem nada
E você nem troca o pijama, preferia estar na cama
Um dia, a monotonia tomou conta de mim
É o tédio, cortando os meus programas, esperando o meu fim
Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio
Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem, pois pra mim tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz
Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio
Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem, pois pra mim tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz
Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio
Tédio, não tenho um programa
Tédio, esse é o meu drama
O que corrói é o tédio
Um dia, eu fico sério
Me atiro deste prédio
.



Anna Jailma

terça-feira, 22 de julho de 2008

Amizade - 20 de julho é dia do amigo




Ter amigos é como ter "porto seguro" onde ancorar em momentos de dificuldades, independente do curso das águas e da velocidade das ventanias. É sempre muito bom poder contar com a coragem, a paz de espírito e a sensatez dos amigos, quando já não temos nada disso.
Amigos são anjos terrenos, de coração e braços abertos para nos acolher e também, prontos a nos saculejar quando precisamos de um "puxão de orelha ". Também é muito bom quando assumimos o papel de "anjo" e podemos ajudar nossos amigos. É como se estivéssemos dividindo as dores e assim, cada um sofre menos, agüentando juntos e chegando a uma solução...Porém, quando nos sentimos de mãos atadas sem saber a decisão certa, sem saber dizer "vá por ali", "é este o caminho", é muito difícil...É como se estivéssemos falhando como amigos, com o nosso papel de " anjo ".
Amigos são os irmãos que escolhemos.


Anna Jailma

Vencendo as dificuldades, ultrapassando os abismos da vida.


Alguma vez você já sentiu-se diante de um abismo? Estou falando daqueles abismos dignos de contemplação. Imagine, um grande abismo mas é preciso que você o atravesse, o supere, para alcançar o paraíso. É disso que estou falando: um abismo que dará terra firme.
Para chegar a bonança, você terá que ultrapassar a tempestade. Para alcançar a paz você atravessa a tormenta e para chegar ao paraíso, você vai precisar atravessar o temor do abismo.
É muito complexo quando visualizamos o paraíso mas sentimos o abismo mais próximo e tememos a travessia. A gente calcula que descendo por tal lugar dá pra chegar lá com segurança mas o medo, este sentimento mórbido e cruel, nos corrói e muitas vezes nos impede de correr riscos. Correr riscos de alcançar a felicidade plena!
Lembro-me que certa vez li que um homem estava escalando montanhas no gelo e caiu num abismo. Na queda conseguiu segurar-se num galho e com olhos fechados pediu a Deus que o salvasse. Deus respondeu: " Solte o galho e será salvo! " O homem não abria os olhos e não tinha coragem de soltar o galho. No outro dia bem cedo, encontraram aquele homem morto, congelado e ninguém entendeu porque ele estava pendurado num galho; já que estava à poucos centímetros da terra firme. Bem, que Deus me dê coragem de soltar o galho!
Anna Jailma

Iluminada


Luz de Liz
(Anna Jailma)


Olhando a criança
Imaginando Antônio
Brisa da esperança
Realização do sonho

Mãe na areia
Filho na maré
Um elo que é teia
Um amor de fé

O mar em calmaria
Anuncia a Liz, bonança
Como o anjo à Maria:
Eis a criança!


P.S A poesia Luz de Liz foi escrita quando vi uma fotografia da minha amiga Liziane Virgílio, grávida, esperando o filho Antônio, contemplando uma criança numa praia de Natal RN.

Poesia na janela


Entrega

(Anna Jailma)


Me rendi em laços
Enxerguei no escuro
Fiz dos abraços
Um porto seguro

Mergulhei a esmo
Nadei sem água
Caminhei sem mágoa
Amei sem termos

Corri nos canteiros
Esbarrei numa rosa
Me afoguei no cheiro
Fiz verso e prosa

sábado, 19 de julho de 2008

Na janela...Maria Fumaça!

Foto: pintura Maria Fumaça - de João Barcelos


Lá Vem Maria...
(Anna Jailma)

Maria Fumaça
Me pegou descalça
Me levou a vagar
No vagão a voar

E lá vamos nós
Desatando nós
É pedra e tropeço
Viagem sem preço

É a vida que vai levando
E a gente levitando
Eu na Maria Fumaça
E tanta mala sem alça

Se tem passageiro com violão
A cantarolar pelo vagão
A vida muda o sentido
Fica tudo mais bonito

Tem um rio aqui
Um pôr-do-sol bem ali
Uma serra acolá
Bem-te-vi a cantar

Se tem um livro na bolsa
Um riso surge na moça
A janela estampa beleza
Leitura e natureza

Fim da viagem não existe
A vida é caminho que persiste
Maria Fumaça é cotidiano
Na terra ou em outro plano...